Referências para o estudo bíblico

 

Referências para o estudo bíblico

Um auxilio para professores de escola dominical e amigos da Palavra de Deus.

ABORDAGENS DO VELHO TESTAMENTO

*Sugere-se que os versículos indicados com asterisco (*) sejam memorizados.

As citações entre colchetes [ 1 pressupõem maior conhecimento bíblico e podem ser deixadas de lado conforme a idade dos alunos.

87. Daniel e Nabucodonozor (Uma figura dos 4 reinos mundiais)

  1. Daniel e seus amigos: Dn 1.
  2. O sonho de Nabucodonozor: Dn 2:1-30.
  3. Daniel interpreta o sonho: Dn 2:31-49.

Explicação e ensinamentos:

O juízo havia caído sobre Israel e Judá, conforme Deus o anunciara (Is 39:5-7). O SENHOR já não tem mais o Seu trono em Jerusalém; e o domínio agora é transferido a um regente gentio:

Nabucodonozor de BabeI (o primeiro dos reinos mundiais). Contudo ainda há um tenro remanescente de Israel- alguns moços - que, no exílio em meio aos pagãos, continuam sendo fieis e vivendo em santificação1 (quanto aos alimentos e bebidas): Daniel e seus três amigos. Deus os abençoa e recompensa a fidelidade deles concedendo-­Ihes o espírito de sabedoria e o favor junto aos seus superiores.

Em sonho, Deus mostra a Nabucodonozor uma figura dos quatro reinos mundiais consecutivos. O rei, porém, não compreende o sonho. Deus precisa interpretá-Lo por intermédio de Daniel. Atentem para a confiança de Daniel no SENHOR, e também para a oração dele e de seus amigos (Tg 1:5). Atentem igualmente em como Daniel é grato para com Deus após sua exaltação (Dn 2:23; *SI 50:23); para a sua humildade (Dn 2:30; Pv 15:33) tão contrastante com o orgulho de Nabucodonozor e o seu juízo.

Estes são os quatro reinos mundiais: 1º babilônico (Nabucodonozor), 2º medo-persa (Ciro), 3º Greco-­macedônico (Alexandre o Grande, no ano 333 a.c.), 4º romano, em cuja época Cristo veio e foi crucificado. Como todos que o antecederam, o governo romano também caiu, porém há de ressurgir em dias vindouros (Ap 13 e 17:8). Quando Cristo voltar, Ele derrubará todos os reinos do mundo para então estabelecer o Seu reino (*Dn 2:44) .

Como fruto da fidelidade de Daniel vemos Nabucodonozor glorificando a Deus.

 

1. Ou seja, na separação.

 

88. A imagem de ouro e os três homens na fornalha ardente

  1. As ordens do rei: Dn 3:1-18.
  2. A salvação dos homens: Dn 3:19-30.

Explicação e ensinamentos:

Embora Nabucodonozor tivesse anteriormente reconhecido e exaltado ao SENHOR, ele agora O rejeitava e estabelecia seu próprio deus. Tinha em vista introduzir em seu território político uma religião de Estado, e assim sujeitar os súditos sob sua vontade.

Um remanescente dentre Israel (três homens) mantém­ se apegado ao SENHOR. A fé deles é resoluta (Dn 3:17-18), e eles obedecem antes a Deus do que aos homens (* At 5:29). Nabucodonozor desafia a Deus (Dn 3: 15). Porém Deus zomba dele (*51 2:4) e se glorifica justamente no sofrimento de Seus fiéis, salvando-os e exaltando-os (*Is 54: 10; 43: 1­3). O resultado é que os pagãos reconhecem a Deus (Dt 28: 10). Esses três homens são um tipo do remanescente fiel dentre o povo judeu no futuro; eles se opõem à idolatria, são perseguidos porém preservados e salvos (Ap 12:17).

 

89. Daniel sob Belsazar, filho de Nabucodonosor

  1. A festa de Belsazar: Dn 5:1-12.
  2. O juízo: Dn 5:13-30.

Explicação e ensinamentos:

Nabucodonozor havia pecado contra Deus introduzindo a idolatria, mas Belsazar mediante aberta zombaria contra Deus. O juízo não tarda (Jó 15:24-25). O pecado de Belsazar adquire proporções maiores porque ele havia tido a oportunidade de contemplar o poder e a gravidade de Deus nos dias de seu pai (Lc 12:47).

O discurso de Daniel é ousado e acusatório contra a ousada teimosia do rei. Belsazar brincou com o período de graça que lhe foi concedido, e não achou mais lugar para arrependimento (*Hb 4:7; *Sl 73:18-19,27). Cada pessoa é pesada por Deus de modo semelhante, e igualmente achada em falta (Rm 3:19,23). É somente a graça que ainda nos pode salvar. Tal como havia ocorrido anteriormente, Daniel obteve sabedoria para interpretar o que fora escrito defronte do candeeiro. Esta foi a bênção decorrente da comunhão com o SENHOR (Pv 2:6-8; SI 25:15).

O reino passa para os medos.

 

90. Daniel sob Dario, o medo na cova dos leões

  1. A conspiração maldosa: Dn 6:1-10.
  2. Daniel na cova dos leões: Dn 6:11-18.
  3. A salvação: Dn 6:19-29.

Explicação e ensinamentos:

Foi determinado que Daniel fosse exaltado. Isso gerou ódio e inveja da parte de seus inimigos. Ninguém podia negar a fidelidade de Daniel como servo do rei; seu firme compromisso para com Deus também era manifesto a todos (Dn 6:5). Mas Dario deixou-se seduzir pela vaidade e decidiu que ele mesmo seria estabelecido como um deus. Nisto ele prefigura o anticristo (2 Ts 2:3-4).

Apesar de todas as obrigações de seu cargo público, Daniel achava tempo para retirar-se e orar a Deus três vezes ao dia. Mesmo encarando a morte, ele permaneceu fiel ao seu Deus (* Ap 2:10) e experimentou um livramento maravilhoso (*Mt 10:28,32). Os sátrapas foram executados (SI 9:15-16). Atentem em como a intervenção divina e a fidelidade de Daniel exerceram uma influência sobre Dario (Dn 6: 27­-28 e Sl-86:17).

 

91. O retorno do cativeiro

  1. O primeiro retorno sob Zorobabel e Jesua: Ed 1:1-5; 2:1.
  2. A construção do altar e do templo: Ed 3:1-3,10-13; 4:1-5.
  3. A separação: Ed 9 e 10:1-4.
  4. O segundo retorno sob Esdras, e a construção do muro sob Neemias: Ed 7:6 - 7; Ne 1 e 2; 4:1-6, 15-23.

Explicação e ensinamentos:

Deus sempre tem em vista Seu povo e Suas promessas. Desta vez Ele levanta Ciro. O primeiro cativeiro dos judeus aconteceu no ano 606 a.c., e o primeiro retomo deles em 536 a.c. (70 anos). A instrução a Ciro para que se ordenasse o retomo já havia sido profetizada por Isaías (Is 44:28). Apenas um remanescente de uns 50.000 homens voltou a Jerusalém, que rejeitou resolutamente e para sempre a idolatria, mantendo­-se fiel ao princípio da separação (não permitiram que nenhum samaritano ajudasse na construção do templo). Esta reconstrução do templo foi interrompida pela desconfiança dos samaritanos, porém retomada graças ao encorajamento dos profetas Ageu (Ag 2:2-5) e Zacarias (Ed 5:1); prosseguiu até 515 a.C.

Judá foi restabelecido sob Esdras e Neemias. Esdras separou o povo dos pagãos que se tinham infiltrado, estabeleceu uma constituição civil e para o culto a Deus e ordenou fossem complicadas as Escrituras do Antigo Testamento. Neemias construiu os muros de Jerusalém (uma ilustração da separação do mundo a ser praticada pelos crentes). 

A postura de ambos foi de identificação com o povo decaído (Ed 9 e Ne 1:6-7 e 9:33) à semelhança de Daniel (Dn 9). Tanto o sofrimento quanto o pesar que manifestaram diante da decadência, assim como o gozo que experimentam no SENHOR (*Ne 8: 10) constituíram-­se para eles na força para o serviço a ser executado naqueles dias tão graves. Eram homens de oração e de trabalho (Ne 4:9) e confiavam no SENHOR (*SI 118:6-8).

Após este tempo ainda profetizou Malaquias, o último profeta da Antiga Aliança: "Eis", diz o SENHOR nesta ocasião, "que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o SENHOR, a quem vós buscais" (MI 3:1).



92. Ester

  1. Assuero e Vasti: Et 1.
  2. Ester é eleita rainha: Et 2:1-20.
  3. A conspiração contra Assuero: Et 2:21-23.
  4. O plano de Hamã: Et 3.
  5. Mordocai e Ester Et 4.

Explicação e ensinamentos:

A história descrita no livro de Ester se desenrola no período compreendido entre os capítulos 6 e 7 do livro de Esdras.

O livro de Ester é semelhante ao de Rute: a personagem principal é uma mulher. O que se destaca, no contexto, é a confiança em Deus, embora o nome de Deus não seja mencionado sequer uma vez. Um livro no qual fica evidenciado ser o SENHOR quem dirige as coisas, mesmo que as autoridades e as pessoas importantes pensem planejar elas mesmas os seus caminhos (Pv 21:1). Muito tempo antes que Hamã fosse colocado em posição de autoridade, o SENHOR já estava preparando caminhos para a salvação de seu povo (Et 1 e 2). Desta forma o Senhor sempre se antecipa a seus inimigos.

Ester vem a ser figura de nosso Salvador na ocasião em que ela, por assim dizer, sacrifica a sua vida (Et 4: 16).

 

93. Mordocai e Hamã (Ester 5-10)

  1. Ester vai a Assuero: Et 5:1-8.
  2. Hamã contra Mordocai: Et 5:9-14.
  3. Assuero ao lado de Mordocai e Hamã forçado a se humilhar: Et 6:1-14.
  4. Hamã desmascarado: Et 7:1-10.
  5. A solução: Et 8:1-9,19.
  6. Instituída a festa do Purim: Et 9:20 - 10:3

Explicação e ensinamentos:

Ester agora toma o passo ao qual se propôs (veja o estudo anterior).

Hamã, que é uma representação dos inimigos do povo de Deus, perece. Mas Hamã também é uma figura de Satanás, o qual, no momento em que pensava que sua vitória estivesse certa, perdeu a luta.

Mordocai, o porteiro, é uma figura do Messias: primeiro foi humilhado, porém depois exaltado.

 

FIM DESTA SÉRIE DE ESTUDOS

 

A Assembleia (Parte 6)