Referências para o estudo bíblico

 

Referências para o estudo bíblico

Um auxílio para professores de escola dominical e amigos da Palavra de Deus.

*Sugere-se que os versículos indicados com asteriscos (*) sejam memorizados.

As citações entre colchetes[ ] pressupõem maior conhecimento bíblico e podem ser deixadas de lado conforme a idade dos alunos.

 

ABORDAGENS DO VELHO TESTEMUNHO

78. Jonas

  1. Jonas é desobediente: Jonas 1 e 2.
  2. Prega o arrependimento: Jonas 3.
  3. Murmura e é repreendido: Jonas 4.

Explicação e ensinamentos:

Nínive era a capital da Assíria. Ficava junto ao Tigre. Sua fundação remonta a Ninrode. O profeta Jonas se recusou a anunciar o merecido juízo de Deus aos moradores ímpios e pagãos de Nínive (comparável ao juízo de Sodoma e Gomorra) - [isso foi por volta do ano 800 a.c.: 2 Rs 14:25]. Ele foge, mas perante Deus não há como fugir. Por meio da tempestade, Deus o induz a voltar atrás (SI 104:4; *139:7-10). O castigo e o salvamento de Jonas são ao mesmo tempo uma alusão a Cristo (Mt 12:40; compare também a oração de Jonas, capo 2:4, com SI 42:7 -uma profecia com respeito aos sofrimentos de Cristo na cruz por nós). Jonas espera a queda da cidade e fica todo amargurado ao constatar que o SENHOR se compadece dos arrependidos. Uma vez que o juízo anunciado não se consumou, Jonas sentiu-se ferido em sua honra. O coração de Deus é mui compassivo, ao contrário do coração do homem (Mt 9: 13; *2 Pe 3:9).

 

79. Jeú;

a morte de Jezabel;

o cativeiro das dez tribos.

(2 Reis 8:7-15; 9:1-10,36; 13:1-25; 15:8-31; 17:1-41)

  1. A unção de Hazael: 1 Reis 8:7-15.
  2. A unção de Jeú: 1 Reis 9:1-15.
  3. A morte de Jorão e Acazias: 1 Reis 9:16-29.
  4. A morte de Jezabel: 1 Reis 9:30-37.
  5. O juízo sobre a casa de Acabe e sua idolatria: 1 Reis 10:1-36.
  6. Jeoacás e Jeoás: 1 Reis 13: 1-13.
  7. A morte e o sepultamento de Eliseu: 1 Reis 13:14-21.
  8. Os últimos reis de Israel: 1 Reis 15:8-31.
  9. A queda e o cativeiro de Israel 1 Reis 17:1-14.
  10. Outros povos são introduzidos na terra: 1 Reis 17:24-41.

Explicação e ensinamentos:

Israel amadureceu para o juízo. Não ouviu a pregação de Elias nem atentou para as bênçãos que o povo usufruiu graças a Eliseu. Pelo contrário, os israelitas se afastaram cada vez mais. Por essa razão, Hazael e Jeú agora entram em cena (1 Rs 19:15-16). O SENHOR, uma vez mais, perscruta a condição do povo (2 Rs 13:14-21). Israel (as dez tribos) já tinha abandonado a lei e se voltado para a idolatria sob o governo de seu primeiro rei, Jeroboão. Depois dele, todos os reis de Israel foram idólatras, contudo, a longaminidade de Deus os aturou por mais de 250 anos (*Sl 3:8). Uma vez mais Deus adverte o povo por meio dos profetas Amós (Am 2 e 3) e Oséias (Os 4 e 5) e lhe recorda do pecado e do juízo. Mas Israel não atenta, e por isso vem o juízo. No ano 722 a.c. o rei Salmaneser da Assíria leva o povo para a Assíria (2 Rs 18:9-12; *Rm 2:4-6; Dt 4:26-28}. Como são sérios e justos os caminhos de Deus! O mesmo vale para todo indivíduo que repetidas vezes ignora a voz do Senhor (*GI 6:7-8), bem como para o cristianismo em geral (Rm 11 :22).

As dez tribos jamais retomaram de seu cativeiro. Nas cidades de Samaria (Israel), que ficaram desabitadas, o rei da Assíria ordenou que morassem pagãos vindos da Mesopotâmia. Esses pagãos se misturaram aos israelitas que ficaram, e dessa mistura se originaram os samaritanos (Jo 4:9).

 

80. O governo de Abias e Asa

(2 Crônicas 13 a 16)

  1. Abias vence Jeroboão: 2 Crônicas 13:1-22.
  2. Asa vence Zerá: 2 Crônicas 14:1-15.
  3. Asa afasta os ídolos: 2 Crônicas 15:1-19.
  4. Asa e Bem-Hadade contra as dez tribos: 2 Crônicas 16:1-10.
  5. A morte de Asa: 2 Crônicas 16:11-14.

Explicação e ensinamentos:

Dois reis, mas que diferença entre eles! De Abias, as Escrituras relatam que "seu coração não foi perfeito para com o SENHOR seu Deus", enquanto Asa "fez o que era reto perante o SENHOR" (1 Rs 15:3,11). A diferença essencial na história desses dois reis éa devoção do coração de cada um (Pv 23:26).

Um coração repleto de devoção ao Senhor é de que precisamos todos. Quando Asa, ao final da vida, se desvia das retas veredas, Hanani, o vidente, chama-lhe a atenção (*2 Cr 16:9). Asa tinha começado bem, dedicando-se à sua tarefa com o coração repleto de devoção ao Senhor (2 Cr 15). Como é horrível constatar a dramática mudança em sua velhice, a ponto de, indignado, lançar o mensageiro divino no cárcere. O SENHOR constata que Asa, mesmo acometido de enfermidade extremamente grave, não se apóia nEle (2 Cr 16:12).

 

81. O governo de Josafá

 (2 Crônicas 17 a 20)

  1. Restauração e êxito: 2 Crônicas 17:1-19;19:4-11.
  2. Seus laços com Israel:
  3. o filho se casa com a filha de Acabe: 2 Crônicas 18.
  4. com Acabeem Ramote Gileade:1 Reis 22
  5. empreendimentos
  6. Com Jordão contra Moabe.
  7. Moabe e Amom caem em Judá: 2 Reis 3; Crônicas 20.

Explicação e ensinamentos:

Josafá foi um rei que serviu ao SENHOR com todo o coração (2 Cr 17:3-6). Ao contrário de seu pai, humilhou-se quando advertido (2 Cr 19:1-4).

Várias vezes podemos obser­var a confiança de Josafá em seu Deus (2 Rs3:11 e 2 Cr 20:3-12). As promessas de Deus valem para aqueles que se apóiam nEle (SI 37 :4-5; Pv 3:1 ,5-8). É justamente essa a experiência de Josafá (2 Cr 20: 15-17). Que confiança em Deus Josafá demonstra! (2 Cr 20:20-22a). Que gratidão pelo auxílio que experimentou! (2 Cr 20:26-28).

Apesar de suas falhas e fraquezas(2 Cr18;2 Rs22:41-51), Josafá nos apresenta o caminho a seguir, e como podemos seguir nossa vida em plena confiança no Senhor (Pv 16:3).

 

82. O governo de Jeorão, Acazias, Atalia, Joás e Amazias

(2 Reis 8:16-29; 11 e 12; 2 Crônicas 21 a 25)

  1. Jeorão: 2 Rs 8: 16-24; 2 Cr 21.
  2. Acazias:
  3. 2 Rs 8:25-29; 2 Cr 22:1-9. Atalia: 2 Rs 11; 2 Cr 22:10-12.
  4. Joás: 2 Rs 12; 2 Cr 23-24.
  5. a coroação.
  6. Joás e Joiada.
  7. Joás após a morte de Joiada.
  8. o ataque de Hazael, rei da Síria.
  9. Amazias: 2 Reis 14; 2 Crônicas 25.

Explicação e ensinamentos:

Como se disse anteriormente, o aspecto essencial a considerar na história dos reis de Judá é a devoção do coração deles ao SENHOR (veja, por ex., 2 Cr 25:2). Embora a maioria deles tenha tropeçado, o SENHOR sempre se lembrava de Judá por causa da aliança que tinha firmado com Davi (2 Cr 21:7). Os sucessores de Josafá confirmam o que foi dito por Isaías: "os que deixarem o SENHOR perecerão" (Is 1:28b).

As falhas e os desvios de Josafá agora apresentam a sua conta. A influência de Acabe e Jezabel é evidentemente grande. Que danos desvios semelhantes não causaram ao povo de Deus!

Para nós, que lidamos com crianças e podemos - devemos - ser para elas exemplo vivo do caminho do Senhor, há nessas histórias lições importantes. Quanto crente não começa como Joás que, enquanto Joiada estava vivo, fazia tudo que era reto aos olhos do SENHOR, mas, depois da morte de Joaida, demonstrou não ter capacidade para subsistir sem esse apoio. Há, hoje em dia, muitos cristãos que se enquadram nessa categoria. Busquemos, pois, a nossa força, somente no próprio Deus! Nem os mais sábios conselheiros podem tomar o lugar de Deus (o que, obviamente, não significa que crentes jamais nos possam dar conselhos - Pv 4:20­21; 6:20-23).

Quando Joás se apoiou em sua própria sabedoria, tudo deu errado. Até quando Zacarias o advertiu, ele não quis ouvir. Na verdade, ordenou que o matassem (Pv 19:27).

Amazias faz o que é reto, porém não com inteireza de coração (2 Cr 25:2). O SENHOR demonstra seu amor por Amazias:

"Muito mais do que isso pode dar-te o SENHOR" (*2 Cr 25:9). É então que Amazias aprende a confiar em Deus. Na luta contra Edom, Amazias abandona o reto caminho (2 Cr 25:14-16). Orgulhoso, inicia uma guerra contra Jeoás de Israel, apesar das advertências que recebe dele (2 Cr 25: 17 -24).

 

83. O governo de Uzias, Jotão e Acaz

(2 Crônicas 26 a 28; 2 Reis 15:1-7; 2 Reis 15:32­16:20)

  1. Uzias:
  1. restaurações: 2 Rs 15:1-7; 2 Cr 26:1-5.
  2. êxito contra outros povos: 2 Cr 26:6-8.
  3. agricultura e exército: 2 Cr 26:9-15.
  4. sacrifício e lepra: 2 Cr 26:16-23.
  1. Jotão: 2 Crônicas 27.
  2. Acaz:
  1. Baal, os altos e as árvores: 2 Cr 28:1-4.
  2.  Síria e Israel: 2 Rs 16:5-6; 2 Cr 28:5-15; Is 7.
  3. Assiria: 2 Rs 16:7-9; 2 Cr28:16-27.
  4. O altar de Damasco e o desmonte do templo 2 Rs 16:10-20.

Explicação e ensinamentos:

Enquanto Uzias buscou ao SENHOR, este lhe permitiu que se saísse bem (2 Cr 26:5). Em tudo que fazia obtinha êxito (2 Cr 26:6-15). Agora, porém, por causa de seu orgulho, também queria ser sacerdote, e a fidelidade do sumo sacerdote Azarias desperta-lhe indignação (2 Cr 26: 18). Então o SENHOR intervém, e a testa do rei se cobre de lepra. Foi lançado fora do culto a Deus, excluído do governo, mas continuou vivo.

Acaz, filho de Jotão (que fez o que era reto perante os olhos do Senhor), foi um rei que não andou nas pisadas de Jotão. Todo procedimento seu evidenciava que ele não queria nenhum compromisso com Deus. Isso se manifesta mais evidente em Isaías 7. Que paciência da parte de Deus! (Is 7: 10-12). E que arrogância da criatura Acaz (Is 7:10-12)!

Quanto mais o homem se evidencia como opositor de Deus, tanto mais gloriosamente Deus demonstra Sua graça e misericórdia. Apesar de Acaz rejeitar a Deus em toda sua conduta, Deus ainda lhe faz uma promessa: Emanuel (Is 7:14; Mt 1:23). A resposta de Acaz são altares idólatras no templo do SENHOR (2 Cr 28:25b). Até os reis sobre as dez tribos que já consideramos atenderam melhor aos profetas do SENHOR que ele. Quando morreu, Acaz não foi considerado digno de ser enterrado no túmulo dos reis de Israel.

 

84. Ezequias, rei de Judá

  1. Ezequias reintroduz o culto ao SENHOR: 2 Rs 18:1-8.
  2. A aflição infligida por Senaqueribe: 2 Reis 18: 13-17 e a resposta a sua oração:
  3. 2 Rs 19:1-7, 14-19 e 35-37.
  4. A salvação da morte e de sua soberba: 2 Rs 20:1-19.

Explicação e  ensinamentos:

Pela misericórdia divina, o reino de Judá, que também se evidenciou infiel, ainda experimentou um pouco antes e depois do declínio das dez tribos (Israel) um duplo reavivamento sob o governo dos piedosos reis Ezequias e Josias. Ezequias reinstituiu o culto prescrito pela lei (quando da purificação do templo e da celebração da Páscoa, para a qual, levando em conta a unidade constituída pelas doze tribos, convidou todo o povo: (2 Crônicas 30:1,5). Foi um homem cheio de energia divina e devoção ao SENHOR (2 Pe 1:5), um rei exemplar da nação de Deus. Sua vida evidencia que os caminhos do SENHOR para os que Ele são fiéis são misericórdia e verdade (*SI 25:10). A fé de Ezequias é provada pela ameaça dos ousados sírios. Ele, porém, demonstra confiança inabalável no SENHOR, que se manifesta ao seu lado e atende a seu clamor (*SI 46:1 e 145:18-19). Deus salva o povo de Sua aliança intervindo poderosamente contra os inimigos escarnecedores (SI 33: 16-22). Uma outra evidência de que Ezequias desfruta a bondade divina é a recuperação de sua saúde e a prolongação de sua vida (*SI103: 1-5). Contudo, no final de sua carreira, entristece a Deus com seu orgulho. O juízo é anunciado (*Pv 16: 18). Ezequias se humilha e o juízo é retardado (2 Cr 32:26).

 

85. Manassés e Josias

(2 Rs 21: 1-23; 40; 2 Cr 33-35)

  1. Manassés: 2 Cr 33.
  2. Josias purifica a terra da idolatria:
  3. 2 Cr 34:1-7. Encontram o livro da lei: 2 Cr 34: 14-28.
  4. Sua morte: 2 Cr 35:20-25.

Explicação e ensinamentos:

Manassés, filho do temente rei Ezequias, derruba por terra a boa obra do pai (2 Rs 21:1-7; 2 Cr 33: 1-9). As conseqüências são duras, pois, por causa dos pecados dele, Judá incorre no juízo (Jr 15:4 e 2 Cr 24: 1-4). Embora ele mesmo seja restabelecido mais tarde (2 Cr 33: 12-20), o povo continua a desviar-se dos caminhos divinos e corre para o juízo.

Apesar de ter tido um pai ímpio e ser ainda muito jovem, Josias firmou uma posição bastante resoluta contra todo mal. Caminhou com o SENHOR, e não se desviou, "nem para a direita, nem para a esquerda" (SI 21:6-7). Mediante a resoluta supressão da idolatria e a reintrodução do culto ao SENHOR, ele retardou, por mais de uma vez, o iminente juízo sobre Israel (Ez 22:30). Quanta bênção não depende, muitas vezes, de um único homem justo principalmente de um governante piedoso! (Daí a importância das ações de graça e da intercessão pelas autoridades instituídas).

A conversão do povo ao Senhor é apenas exterior (Jr 3: 10). A mera forma, sem compromisso nem devoção do coração - como tanto se vê na cristandade de hoje - não tem valor perante Deus (2 Tm 3:5). Quando encontraram o livro da lei, Josias se humilhou (*SI34: 18). Tanto seu coração como sua consciência eram tenros e submissos à Palavra de Deus. Deus, por sua vez, manifestou sua graça e adiou o juízo.

Mas o fato de Josias ter subido à batalha contra o rei do Egito não foi conforme a vontade de Deus, e ele caiu. Pelo menos não precisou assistir ao triste juízo de Deus que recairia sobre o povo infiel. O SENHOR o poupou dessa dor tirando-o de cena. Há grande luto por sua causa (2 Cr 35:22 e Zc 12:11). Nos dias de Josias, levantou-se a última testemunha divina em Judá antes do cativeiro: o profeta Jeremias (Jr 1:2).

 

86. O declínio do reino de Judá;

Jeremias (2 Rs 23:31-cap. 25; 2 Cr 36; Jr 36-40)

  1. O primeiro cativeiro sob o reinado de Jeoaquim: (2 Rs 24:1; Dn 1:1-4.)
  1. O segundo cativeiro sob o reinado de Jeoaquim: (2 Rs 24:8-20.)
  1. O terceiro cativeiro sob o reinado de Zedequias: (2 Rs 25:1-12.)

Explicação e ensinamentos:

Toda a longanimidade de Deus não conduziu o seu povo ao arrependimento nem à melhoria. No caso deles, o princípio foi: quanto mais demorado, mais abusado (2 Cr36:14-16). Então se cumpriu o que o SENHOR tinha anunciado por meio de Moisés (Dt 28:49-53): o povo de Deus foi levado cativo. Subiu Nabucodonosor, o poderoso rei de Babilônia e sitiou Jerusalém por duas vezes. Jeremias, o profeta, conc1amou uma vez mais ao arrependimento. Mas eles não deram atenção e lhe infligiram muitos males. Nabucodonosor ordenou que cegassem o malvado rei Zedequias e levassem o povo cativo até a Babilônia. Derrubou os muros de Jerusalém e queimou as casas e o templo. Este cativeiro aconteceu no ano 588a.C. (o livro de Lamentações de Jeremias e o Salmo 137 narram esse acontecimento).

Foi, entretanto, o próprio Jeremias que, após setenta anos de cativeiro (exílio na Babilônia; Jr 29: 10-14), consolou novamente o povo e lhe anunciou a libertação. A alegria por esse livramento é expressa no *Salmo 126. Jeremias temia a Deus desde a infância (Jr 1:6), por isso pôde ser usado por Ele. Ele sentia e tinha consciência de sua fraqueza, mas é  justamente por isso que o Senhor está pronto a oferecer Sua ajuda (Jr 1:9). Deus, contudo, requer fidelidade no testemunho (Jr 1: 17). Estude a fundo Jeremias 17. O desprezo à Palavra de Deus não lhe tira a eficácia nem lhe opera mudança alguma (Jr 36).

Jeremias acredita no futuro de seu povo (Jr 32 e 37), um futuro que o Senhor ainda concederá a Seu povo (Rm 11:29).

 

A Assembleia (Parte 5)