Referências para o estudo bíblico

Referências para o estudo bíblico

Um auxílio para professores da escola dominical e amigos da Palavra de Deus.

*Sugere-se que os versículos indicados com asteriscos (*) sejam memorizados

As citações entre colchetes [] pressupõem maior conhecimento bíblico e podem ser deixadas de lado conforme a idade dos alunos.

ABORDAGENS DO VELHO TESTAMENTO: OS DIAS DE DAVI

55. Davi

  1. Deus incumbe Samuel: 1 Samuel 16:1-5.
  2. Davi é ungido: 1 Samuel 16:6-13.
  3. Davi na corte de Saul: 1 Samuel 15:14-23.

Explicação e ensinamentos:

Israel havia rejeitado o SENHOR, contudo o SENHOR não abandonara Israel. Deus escolheu para Si um homem segundo o Seu coração para ser rei (1 Sm 13:14). Ao procurar identificar essa escolha divina, até Samuel se engana, pensando que o eleito fosse Eliabe. Decisiva não é a aparência exterior, mas a disposição do coração. Neste caso, o escolhido vem a ser justamente o desprezado e esquecido (*1 Co 1:27-29). Nisto Davi também prefigura Cristo, que igualmente foi desprezado e não fizeram caso dEle (Is 53 e *SI 118:22-23). Na corte de Saul, Davi adquire experiência para o ofício real. Saul, por sua vez, continua a viver sem Deus e se envolve cada vez mais com o poder das trevas (Is 48:22; Pv 3:33).

 

 56. Davi e Golias

  1. A índole arrogante de Golias: 1 Samuel 17:1-11.
  2. A índole confiante de Davi: 1 Samuel 17:12-37.

Explicação e ensinamentos:

A batalha contra os filisteus oferece uma nova oportunidade para expor os caracteres e valores diferentes de Saul e Davi. Os israelitas estão desanimados, porque seu rei está desanimado. Estão ali como servos de Saul, não como guerreiros do SENHOR. Davi é o único que age por fé. A questão entre os filisteus e os israelitas é para ele uma causa entre os filisteus e o SENHOR (1 Sm 17:26). Saul confia nas habilidades naturais e na armadura (*Jr 17:5). Davi rejeita os recursos naturais e se coloca nos braços do SENHOR (*SI 37 :5). A vitória sobre o arrogante filisteu, que confia na própria força, é um ato de fé (SI 60:12). O filisteu recebe sua justa punição (Pv 16:18; SI 37:12­-15). O gigante representa Satanás, o grande adversário de Deus, adversário este que mantém as pessoas sob medo e servidão. Davi representa o Senhor, que pela morte anulou para sempre o poder de Satanás (*Hb 2:14-15) e, mediante a ressurreição, alcançou triunfo definitivo sobre ele (CI 2:15).



57. Davi e Jônatas

  1. Davi e Jônatas firmam aliança: 1 SamueI 18:1-5.
  2. Davi é odiado por Saul: 1 SamueI 18:6-16.
  3. A intercessão de Jônatas: 1 SamueI 19:1-13.
  4. A amizade intensa de Jônatas: 1 SamueI 20:1-42.

Explicação e ensinamentos:

Pela fé, Davi arriscou a própria vida por Deus e pelo povo. Com esse gesto, ganhou o coração de Jônatas, que passou a amá-lo verdadeiramente e honrá-lo. O povo de Israel louva o feito de Davi. Jônatas ama a pessoa de Davi; dá-lhe pertences seus, bens que lhe são caros (1 Sm 18:4). Saul devia o reino primeiro a Deus, mas depois a Davi. Não obstante, retribui com inveja e raiva, atentando contra a vida deste. O SENHOR protege Davi (*SI 62:1,2; 91:1-3). Notemos a intercessão altruísta e os esforços de Jônatas (Pv 17:17). Ele se identifica com Davi, mas não se compromete até as ultimas conseqüências: não participa de seus sofrimentos nem se afasta da corte de Saul.

Davi prefigura o Senhor Jesus. Jônatas bem pode ser uma figura dos crentes que se alegram na pessoa de Cristo, mas sem propósito resoluto. Tivesse Jônatas se identificado integralmente com Davi, talvez não tivesse morrido com os filisteus (1 Sm 31:2).

 

58. Davi em Nobe; a caverna e no deserto. (1 Samuel 21 a 23)

  1. Davi vai a Aimeleque: 1 SamueI 21:1-9.
  2. Davi vai a Aquis: 1 SamueI 21:10-15.
  3. Davi na caverna de Adulão: 1 Samuel 22:1-5.
  4. Saul mata os sacerdotes: 1 Samuel 23:1-13.
  5. Davi em Queila: 1 Samuel 23:1-13.
  6. Davi no deserto de Zife: 1 SamueI 23:14-28.

Explicação e ensinamentos:

Uma mentira e uma artimanha:

Perante Aimeleque e em Aquis Davi não se comporta de modo digno de sua vocação (Ef 4:1). Aimeleque lhe entrega a espada de Golias, e ele agora segue adiante portando esse troféu de sua vitória. Mas o temor manifestado em Aquis demonstra que não está deixando-se conduzir por Deus, mas por sua sabedoria natural. Como Abraão outrora no Egito, Davi depara com vergonha e desprezo. As experiências dessas ocasiões são-nos relatadas por ele nos Salmos 56 e 34. A oração na caverna está em Salmos 142. No versículo 7, ele clama: "Os justos me rodearão". Nesse momento Davi prefigura o Cristo rejeitado, que atrai para si os seus irmãos e muitos outros (Jo 12:32; Mt 11:28). Os valentes de Davi se juntam a ele aí (2 Sm 23:8); também o profeta Gade - portador da Palavra e do Testemunho de Deus - e, não muito depois, vem ainda o sacerdote Abiatar com o éfode (estola sacerdotal) - vestimenta que continha o recurso para consultar a Deus em qualquer ocasião (Urim e Tumim).

 

59. Davi poupa Saul/ a morte de Samuel/ Nabal e Abigail

(1 Samuel 21 a 23)

  1. Davi poupa Saul: 1 Samuel 24.
  2. Davi e Nabal: 1 SamueI 25:1-13.
  3. Davi e Abigail: 1 SamueI 25:14-44.
  4. Davi poupa Saul pela 2.ª vez: 1 Samuel 26.

Explicação e ensinamentos:

En-Gedi. é uma região montanhosa de pastos e muitas cavernas que beira o mar Morto. Davi não aproveita a ocasião para vingar-se do inimigo, age na dependência do SENHOR, esperando pacientemente pela justiça divina (Rm 12:17,19; SI 7:10-11). No impulso do momento, Saul confessa sua injustiça, porém sem levá-la perante Deus em arrependi­mento sincero. Por isso também não há remédio para ele.

Deus vale-Se dessa nova perseguição (em ZHe) para provar a fé de Davi. Saul evidencia sua índole injusta, Davi, a sua índole de conformidade com Deus (Rm 12:21; *Mt5:44).

 

60. Davi prefigura o Senhor, que trilhou o caminho de humilhação para chegar à glória (Hb 12:2). Davi em Aquis e Ziclague (l Samuel 27; 29 e 30)

  1. Davi foge para os filisteus: 1 SamueI 27:1-4.
  2. Davi em Aquis: 1 SamueI 27:5-12.
  3. Davi não pode batalhar: 1 SamueI 29:1-11.
  4. Ziclague é queimada: 1 SamueI 30:1-6.
  5. Davi persegue os amalequitas: 1 SamueI 30:7-31.

Explicação e ensinamentos:

A fuga para os filisteus evidencia o lado fraco de Davi, que não confiou na proteção divina. A fraqueza tem suas conseqüências (1 Sm 27 :8-12): ele agora se vê envolvido em crueldades e mentiras. Na ocasião em que se vê obrigado a sair para a luta contra Saul, mas é enviado de volta pelos príncipes dos filisteus, fica evidente, uma vez mais, a que ponto um deslize pode levar o crente (1 Sm 29:8). No caminho que Davi está trilhando agora, Deus não pode ter prazer nele. Vê-se, porém, obrigado a conduzi-lo mediante freios e cabrestos (vejam SI 32:9). Deus usa os amalequitas para reconduzir Davi à comunhão com ele (1 Sm 30:6).



61. O fim se Saul

  1. O medo de Saul: 1 SamueI28:4-19.
  2. A morte de Saul: 1 SamueI31:1-10.
  3. A lamentação de Davi: 2 SamueI1:17-27.

Explicação e ensinamentos:

Saul esgotou sua medida. Está pronto para o juízo. Deus o abandonou (*Jr 15:6). No desespero, recorre a meios de se informar sobre o futuro que são abomináveis a Deus, e consuma sua queda. Ele mesmo põe termo à própria vida (SI 55:23). Jônatas também morre nessa ocasião, por intermédio dos filisteus. Não alcança, portanto, a posição de honra que esperava ter junto a Davi (1 Sm 23:17).

A morte de Saul causa profundo pesar em Davi, apesar do ódio mortal que Saul lhe dedicara até o fim.



62. Davi no trono

  1. Davi vai morar em Hebrom e, depois, Jerusalém: 2 Samuel 1 - 4; 5:1-5.
  2. Sua vitória sobre os filisteus: 2 SamueI 5:17-25.
  3. Davi alcança a promessa: 2 Samuel 7:1-15.
  4. Davi manifesta graça a Mefibosete: 2 Samuel 9:1-13.

Explicação e ensinamentos:

Após a morte de Saul, Davi dá evidências de verdadeira dependência ao esperar até que Deus lhe aplaine o caminho para o trono (2 Sm 2:1). Demonstra essa mesma índole com respeito à batalha contra os filisteus. Na primeira ocasião, a vitória é conquistada por Davi (2 Sm 5:20), na segunda, diretamente por Deus (2 Sm 5:24-25). Em 2 Samuel 7, vemos que Davi pôde repousar das lutas, tendo, desse modo, condições de pensar na edificação de um lugar de repouso para o SENHOR (o templo). Até que todos os inimigos fossem vencidos, e o mal, extirpado, Davi não podia repousar, e o SENHOR tampouco desejava isso. O SENHOR, porém, quer confirmar o trono para a casa de Davi. Que graça maravilhosa! O que Deus fizera no passado foi grande (graça), mas o futuro traria algo ainda mais maravilhoso (glória) (*SI 84:11); o próprio Cristo seria seu descendente. Davi adora na presença de Deus. Esquece­-se, nessa ocasião, de seus feitos e considera somente os caminhos da graça de Deus (SI 89: 1-4).

No auge do poder real, Davi recorda-se da promessa feita a Jônatas. Nessa ocasião, vemos como manifesta bondade para com Mefibosete. Também nisso, como em tantas outras vezes, Davi é uma figura de Cristo, o qual, entronizado hoje à direita de Deus, ocupa-Se, em graça, com os seus inimigos. Mefibosete, aleijado e descendente de Saul, está em Lo-Debar (que significa "sem pastagem") é uma ilustração do pecador. Alcança: 1 favor e graça (2 Sm 9:3). 2 Herança (2 Sm 9:7). 3 Comunhão e posição de filho (2 Sm 9:7 e 11). São essas as três dádivas que recebe todo pecador que atende ao chamado de Jesus (Ef 2:4-9).

 

63. A queda e o arrependimento de Davi

  1. A queda de Davi: 2 Samuel 11:1-4; 14-27.
  2. Natã conclama ao arrependimento: 2 SamueI 12:1-12.
  3. O arrependimento de Davi: 2 Samuel 12:1-12.

Explicação e ensinamentos:

Davi não está no lugar que lhe fora designado por Deus -o campo de batalha. Desse modo, torna-se alvo e, depois, presa de Satanás (*1 Pe 5:8). Davi vem a ser adúltero e assassino. Procura ocultar sua ação ímpia. Deus, porém, faz que esta seja manifesta (SI 32:3-4). Natã lhe anuncia o juízo. Davi é quebrantado e se reconhece pecador na presença de Deus; confessa o pecado (SI 51), e Deus perdoa-lhe e o purifica (*SI32: 1 ,2). Atente-se para a seqüência, que deverá ser sempre observada: 1arrependimento real, 2 confissão sincera e 3 plena graça e perdão concedidos por meio do sangue de Cristo (*1 Jo 1:7,9).

Não obstante, o juízo de Deus recai sobre Davi, e lhe morre o filho. Ainda assim, Deus faz que proceda bênção da queda: Bate-­Seba vem a ser a mãe de Salomão, o amado, e parte da ascendência do Senhor Jesus. O exemplo de Davi é uma advertência para todos os crentes (Ef 6: 13).

64. Davi e Absalão

  1. Absalão cativa o favor do povo: 2 SamueI 15:1-6.
  2. A insurreição de Absalão e a fuga de Davi: 2 SamueI15:7-18.
  3. Davi é difamado por Simei: 2 SamueI16:5-14.
  4. A morte de Absalão: 2 Samuel 18:6-18.
  5. O luto de Davi: 2 SamueI 18:31-33.

Explicação e ensinamentos:

Outro acontecimento que Deus usou para educar Davi foi a insurreição de seu filho Absalão. Movido de ambição e vaidade, ele quis usurpar o trono. Mostrou-se afável -uma afabilidade hipócrita- e alcançou o favor do povo, revelando ser um filho infame e um súdito desleal (Pv 24:21,22). Sua atitude piedosa era apenas pretexto para sua maldade (ele oferece sacrifícios: 2 Sm 15: 7). Davi encara a insurreição de Absalão como juízo de Deus sobre ele (por isso seu lamento), todavia confia na ajuda de Deus (SI 3).

Simei descreve Davi como tirano e usurpador do trono. Davi aceita a maliciosa difamação, pois a considera castigo vindo do SENHOR. O juízo alcança Absalão (Provérbios 20:20 [*30: 17]). Seu exemplo é uma severa advertência a todos os filhos (*Ef 6: 1-3). O motivo da grande aflição de Davi é o fato de seu filho Absalão ter morrido em seus pecados, ficando, portanto, eternamente perdido. Essa é a dor maior para os pais crentes que perdem um filho incrédulo.

 

65. O fim de Absalão; Davi volta a ser rei em Jerusalém (2 Sm 17 - 19)

  1. O conselho de Aitofel e Husai: 2 SamueI 17:1-14.
  2. A fuga de Davi. Aimaás e Jônatas. Maanaim: 2 SamueI 17:15-29.
  3. Absalão é ferido e morto: 2 SamueI 18:1-18.
  4. O etíope e Aimaás vão a Davi: 2 Samuel 18:19-32.
  5. O luto de Davi: 2 Samuel 19:9-43.

Explicação e ensinamentos:

A intenção de Aitofel se expressa em "matarei apenas o rei" (2 Sm 17:2,3). Deus é mais poderoso que Aitofel e faz com que se siga o conselho de Husai. O juízo alcança Absalão (Pv 20:30; *30:17). Seu exemplo é uma severa advertência a todos os filhos (*Ef 6:1-3). Essa batalha vitoriosa nos mostra como Deus alcança suas vitórias (Rm 16:20).

A fuga de Davi é uma alusão profética à fuga do remanescente judeu dos dias futuros(Mt 24:16).


66. O fim de Davi

  1. A contagem do povo: 1 Crônicas 21; 2 Samuel 24.
  2. Os preparativos para a construção do templo: 1 Crônicas 22:1 ,6-16.
  3. A morte de Davi: 1 Crônicas 29: 10- 28.

Explicação e ensinamentos:

Davi ordena a contagem de seus exércitos (censo), trazendo por isso o juízo sobre si e todo o povo. Segundo Êxodo 30:12, por ocasião de um censo, todo recenseado deve dar ao SENHOR um resgate por sua alma. Isso, segundo a indicação de Joabe, não aconteceu (2 Sm 24:1; 1 Cr 21:3). No coração de Davi houve orgulho e arrogância (Pv 16: 18). E o juízo de Deus veio com severidade. Davi depois se humilha, confessa o pecado e faz intercessão pelo povo (1 Cr 21: 17). Quando instado a escolher o castigo, Davi demonstra conhecer a Deus e confiar mais nele do que nos homens. A graça triunfa junto à eira de Araúna (ou: Orna). *Isaías 54:8. A eira de Araúna estava sobre o monte Moriá, onde Abraão ia oferecer em sacrifício seu filho Isaque. Foi ali que Davi edificou um altar e ofereceu sacrifícios. É nesse mesmo lugar que posteriormente foram lançados os fundamentos da construção da casa de Deus (2 Cr 3:1).

[O empenho incansável de Davi fazendo provisão e preparativos para a construção do templo é uma alusão à atividade de Cristo, que amou a sua igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Davi com esse procedimento demonstra não estar apegado a seus tesouros, mas a Deus, o doador de todas essas riquezas. Ele dá louvores a Deus e adverte o povo e a seu filho que se aferrem ao SENHOR com coração não dividido (1 Cr 29 e 1 Rs 2). Entretanto, também incumbe Salomão de exercer justiça sobre os inimigos de Deus. Nisto, novamente é uma alegoria de Cristo, que, terminado o presente período de graça, e antes de iniciar seu reinado em glória (alusão aos dias de Salomão), julgará o mundo como justo Juiz.)

 

67. Salomão

  1. A oração de Salomão: 1 Reis 3:4-15. Sua sentença: 1 Reis 3: 16-18.
  2. Sua sabedoria: 1 Reis 4:29-34.

Explicação e ensinamentos:

Os inimigos haviam todos sido vencidos. A nação gozava de paz e vigorava o temor de Deus. Salomão amava o SENHOR, e lhe é dado escolher o que anela o seu coração (SI 37:4). Sua oração é a expressão da fé de uma criança, humilde, singela e verdadeira. Justamente por isso, o SENHOR o atendeu além do que pedira ou imaginara (Ef 3:20; *Mt 6:33).

A sentença proferida por Salomão testifica da sabedoria divina, que é capaz de perscrutar o coração apesar de toda mentira e fingimento, expondo o mal oculto (SI 139:1-4).

Israel gozou maravilhosas bênçãos sob o governo de Salomão (foi um período de paz 1 Rs 4:24,25), e o seu reinado é uma figura do vindouro reino de paz de Jesus Cristo (Ap 21:1-6).

 

A assembléia